A Galeria teve início numa livraria criada por Jeanne Bucher ao lado de uma boutique de Pierre Chareau e agora estabelece-se em dois espaços em Paris, designadamente em St.Germain e Marais. Ao longo da sua história promoveu artistas como Vieria da Silva, Giaccometti, Torres-García, Masson e Lipchitz e representou também artistas como Picasso, Kandinsky, Mondrian, Man Ray, entre outros. Foi um dos centros artísticos mais vívidos e activos de Paris e é uma das poucas Galerias Modernas e Contemporâneas, com mais de 90 anos de história, em actividade desde 1925.
Localizado numa zona histórica da cidade de Lisboa, no Chiado, próximo do Museu Nacional de Arte Contemporânea e da Faculdade de Belas Artes, o espaço escolhido dispunha das condições base ideais para a implementação do novo espaço da Galeria Jeanne Bucher Jaeger.
Com um pé direito alto, um espaço amplo com paredes e arcos em pedra e vãos para a Rua Serpa Pinto e Rua Victor Cordon, o projecto previu a definição de um sistema versátil que permitisse várias composições de espaço.
Com o sentido de conferir movimento e versatilidade, contrariando o sentimento estático da Arquitectura, as composições espaciais foram pensadas de maneira a acompanhar as necessidades da Galeria relativamente à exposição dos vários tipos de obras de arte e tamanhos. Em simultâneo, este movimento permite o controlo da luz e a privacidade desejada consoante o tipo de exposição.
Este sistema consiste num conjunto de painéis móveis de grande dimensão que permitem a fixação de obras, ao mesmo tempo que definem a configuração espacial da exposição. Juntamente com este sistema o projecto consistiu numa reconfiguração espacial, prevendo uma readaptação dos espaços através da luz, dos materiais, das cores e das soluções construtivas.
Arquitectura: Enter · Estabilidade: PPE · Iluminação: Arq.º. Miguel Raposo · Fotografia: Manuel Gomes da Costa